Como funciona uma lâmpada de LED? Ainda vale a pena utilizá-la?
Já faz alguns anos que as lâmpadas de LED são apresentadas como uma possível solução para reduzir a conta de luz de comércios e residências. Conhecidas como a “iluminação do futuro”, elas podem trazer muitos benefícios a quem as utiliza. Você sabia, por exemplo, que o LED atrai menos insetos em comparação a outros tipos de iluminação? Sim, e isso tem a ver com o seu funcionamento.
Caso você não saiba como uma lâmpada de LED funciona ou o porquê dela gastar menos que outros tipos de iluminação, continue lendo, que essas e outras dúvidas serão esclarecidas. Ao final do artigo você também saberá o quanto ela pode te trazer de economia ao final de um mês
Você suspeita que sua conta está vindo muito alta? Aproveite e aprenda a calcular o valor correto.
Vamos às explicações!
O funcionamento de uma lâmpada de LED
Primeiramente, é interessante saber que LED é a sigla para light-emitting diode ou, no bom português, diodo emissor de luz.
O diodo, por sua vez, é um componente amplamente utilizado na eletrônica, ele é composto por dois materiais semicondutores) de tipos diferentes que, quando ligados, formam o que chamamos de junção P-N. Nessa junção é formada uma barreira que permite que a corrente elétrica circule somente por um sentido no componente.
Quando o diodo é ligado corretamente, os elétrons conseguem ultrapassar a barreira da junção, passando do lado “N” para o lado “P” e assim fazendo circular corrente elétrica. Durante essa passagem de lado, os elétrons emitem energia em forma de luz (visível ou não). A faixa de frequência dessa luz vai variar de acordo com o material semicondutor utilizado.
Muitos diodos emitem luz numa faixa de frequência que os humanos não enxergam, como infravermelho (IR), no entanto, alguns conseguem emitir luz visível, e são esses que chamamos de LED.
Como a faixa de frequência de luz emitida por esse componente é estreita, quando o utilizamos na iluminação, ele dificilmente vai emitir luz ultravioleta (UV), que é justamente a que atrai os insetos. É por isso que, se comparada a lâmpadas incandescente e fluorescente, a de LED atrai menos desses bichos.
Se quiser entender mais a fundo sobre como é feita a construção desse componente, você pode ler mais sobre o diodo) e o LED.
Por que a lâmpada de LED gasta menos?
Para responder essa pergunta, é necessário entender três conceitos, fluxo luminoso, potência da lâmpada e eficiência luminosa.
Fluxo luminoso é a quantidade total de luz visível emitida por uma fonte. Essa luz deve ter um comprimento de onda entre 380 e 780 nm, ou seja, do violeta ao vermelho. Essa grandeza é medida em Lúmen (lm).
Já a potência da lâmpada é a quantidade de energia elétrica que ela consome, seja para produzir luz ou calor, em um determinado tempo. Quanto maior sua potência, mais energia ela gasta e maior a sua conta no fim do mês. A potência é medida em Watts (W).
Por último temos a eficiência luminosa, que é simplesmente a divisão do fluxo luminoso pela potência (Eficiência luminosa = lm/W). Ela nos diz o quão bem uma lâmpada ilumina para o tanto de energia que ela consome. A eficiência luminosa é medida em lúmen/ Watt (lm/W).
Agora que sabemos esses conceitos, podemos responder a pergunta.
As lâmpadas de LED gastam menos, pois aproveitam melhor a eletricidade que passa por elas. A maior parte da energia que ela consome é transformada em luz, apenas uma pequena porcentagem se perde como calor, 5%.
No caso das lâmpadas fluorescentes, ou compactas, criadas como uma alternativa para as incandescentes, uma porcentagem maior da energia é desperdiçada, cerca de 30%.
E em último lugar, temos as famosas lâmpadas incandescentes, ou comuns, elas são as que mais desperdiçam energia, aproximadamente 95% da eletricidade que ela consome é transformada em calor, ao invés de luz, e por isso foram proibidas de serem vendidas.
Ou seja, para uma mesma potência, as lâmpadas incandescentes produzem bem menos luz do que as dos outros dois tipos. Então, para produzir o mesmo fluxo luminoso, a lâmpada de LED é a que gasta menos energia. Ordenando de acordo com a eficiência luminosa, as incandescentes se apresentam como a alternativa menos eficiente, seguido pelas fluorescentes e as de LED como a melhor escolha.
A economia de energia traduzida em números
Já sabemos que o LED é a forma de iluminação mais eficiente dentre as opções apresentadas anteriormente. Mas o quão menor é esse gasto em reais? O investimento realmente vale a pena? Em quanto tempo começarei a ter retorno?
Consideremos três lâmpadas com fluxo luminoso semelhante, uma incandescente de 60W, uma fluorescente de 15W e uma de LED de 9W. Se utilizarmos cada lâmpada durante 8 horas por dia, num período de 1 mês, obtemos o seguinte:
Tipo | Incandescente | Fluorescente | LED |
Potência | 60W | 15W | 9W |
Uso diário | 8h | 8h | 8h |
kWh/mês | 14,40 | 3,60 | 2,16 |
Custo | R$ 12,24 | R$ 3,06 | R$ 1,84 |
Para o valor do custo mensal, foi considerado o preço do kWh cobrado pela CPFL Paulista, no valor de R$0,85/kWh para tarifa residencial.
Como você pode ver, a diferença no custo mensal é bastante significativa, as lâmpadas de LED podem trazer até 40% de economia em relação às fluorescentes e até 85% se comparadas às incandescentes.
Caso você queira substituir a iluminação fluorescente de sua casa por uma de LED, o investimento se paga em cerca de 5 meses. Já se as lâmpadas que você utiliza são incandescentes, ao fazer a substituição, o investimento se cobre logo no 1º mês.
Além de tudo isso, lâmpadas de LED têm uma vida útil muito grande, podendo chegar a até 50.000h de uso. E seu preço está ficando cada vez mais acessível, podendo encontrar esse produto por menos de R$10,00.
Se você chegou até aqui, então já sabe como funciona um LED e a economia que ele pode trazer à sua conta de luz. Acho que agora você tem motivos suficientes pra atualizar a iluminação do seu imóvel.
Gostou do conteúdo e quer aprender a economizar ainda mais na sua conta de luz? Então confira outras dicas de energia que você pode adotar.